quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Nesses dois últimos anos, passei e venho passando por diversas situações que fizeram com que eu tivesse que me adaptar e readaptar a algumas situações.. Algumas foram faceis, outras nem tanto.
Primeiro, tive que me adaptar a morar com meu irmão, e de brinde, com a cunhada. Tive que aprender a aceitar muitas coisas calada, aprender a passar vontades para fazer as vontades dos outros. E isso acabou gerando em mim uma doença, que me fez voltar para a casa da minha mãe. Outra readaptação... muito mais dificil do que sair da casa dela. Tive que reaprender a dar bom dia, a almoçar e dormir no horário, a dar satisfações, a não ser a visita mais esperada...

Com o tempo, optei por sair novamente de casa, mas dessa vez pra valer. Optei por morar sozinha... por pagar as minhas contas... por ter a liberdade de ir e vir onde eu bem entendesse.

Precisei me adaptar a não ter um colo de mãe pra chorar quando eu precisasse... não ter uma irmã pra te dar dicas de roupas. Tive que me adaptar a solidão. E por fim, a mais importante de todas, tive que aprender a ser muito mais responsável pelos meus atos... tive que aprender a colocar as contas no papel antes de sair para uma balada. Tive que aprender a ir no mercado e comprar apenas o necessário. Tive que aprender a passar vontades...

Depois, tive que me adaptar a ser namorada.

Cuidar, zelar, respeitar, alegrar, às vezes sofrer um pouco... Me adaptar a avisar aonde vou, com quem vou e que horas eu pretendo voltar. Explicar que é só uma amizade de internet e que não passa disso. Me adaptar a morrer de saudade, a ligar todos os dias, a sorrir das bobeiras, a se encantar com o olhar, a ir a Marechal sempre que ela não pudesse vir. Me adaptar a dar e receber amor em troca... a abrir mão de certas coisas pra viver uma coisa maior.

Precisei me adaptar ao estágio e aos alunos(ou pelo menos tentei). Nove messes depois, o resultado de dores e delicias, estou precisando me adaptar a troca do estágio, a ausência dos antigos colegas de trabalhos e das "velhas" crianças.

E nesse mesmo tempo, a mais linda, dificil, delicada, triste, confusa, feliz adaptação de todas...

Voltar para casa depois de um mês de férias, um mês ao lado da melhor namorada do mundo e de pessoas que amo. Ao lado dos meus bichinhos. Ao lado da familia.

Por um lado, a mais dolorida, pela saudade que sinto. Por outro, a mais feliz, por estar na minha casa. Ao mesmo tempo solitária, por isso confusa. Feliz por poder receber o meu amor, pela liberdade que temos aqui. Triste, por ela demorar pra vir. Linda, pelo amadurecimento que me proporciona...

Enfim, a sensação é de uma criança nos primeiros dias de aula..

Observo o território. Piso com cautela. Arrisco um olhar mais amigável. Me permito um sorriso, uma palavra espontanea. E logo menos, a gente se adapta a adaptação!



"Aponta pra fé e rema!"

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